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sábado, 27 de setembro de 2014

Saboreando o caminho

Saboreio o caminho.
Pois, é longo, o destino.
E concentro-me na escrita.
É aprazível, a dita.

Observo os olhares
que me observam.
Olhos que se elevam
de altos patamares.

Procuro pormenorizar
todos os detalhes,
dando relevo às cores,
dando vida aos sons,
dando voz às palavras.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

"Calmas Margens" de José Carlos Moutinho - Epílogo

Queridos leitores e amigos da Rainha, a apresentação do livro " Calmas Margens" foi um sucesso! Foram momentos de reflexão sobre a escrita do Poeta José Carlos Moutinho, momentos de poesia na voz de diversas pessoas que estiveram presentes e momentos de música à viola, com interpretação de diversos poemas bem conhecidos. Quando cheguei ao local pensei que tinha chegado atrasada, mas por sorte ainda não tinha começado. Foi bom, depois de um dia de trabalho árduo, sentar-me ali entre poetas e amigos para ouvir e ler poesia. Fiquei a saber entretanto, que José Carlos Moutinho é autor de cinco obras, uma das quais a sua biografia. Em vez de trazer para casa o livro de poesia, resolvi escolher outro livro, intitulado: " Do Tejo, ao Kwanza". Achei mais interessante conhecer a história deste poeta, as suas vivências por trás da escrita. E assim foi! Vim para casa completamente arrebatada por uma enorme vontade de escrever, juntamente com uma enorme paz interior nas margens de uma imensa vida.

Deixo-vos agora, com algumas das imagens que consegui captar nesta tarde de Sábado. Espero que gostem.





Agradecimento a Anne Lieri e ao Recanto dos Autores.

Por vezes parece que estamos sozinhos, mas de repente tudo muda. Numa caminhada quase silenciosa vou escrevendo, rabiscando, sonhando, com esperança de que aquilo em que acredito se torne real. De repente, sem sequer dar por isso, descubro que existem pessoas que me admiram e que seguem religiosamente o meu trabalho. Que enorme satisfação tenho ao tomar consciência que este trabalho não é em vão! Só tenho a agradecer sinceramente a todos vocês meus leitores. A todos vocês que estão desse lado a cada dia, lendo aquilo que escrevo, comentando de quando em vez e partilhando com outros aquilo que já conhecem. Agradeço a todos, mas hoje quero agradecer especialmente a uma pessoa. Obrigada Anne Lieri pela importância dada ao meu poema " A Chuva e as Rosas", no Recanto dos autores

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Novidades da Semana

Queridos leitores e amigos da Rainha, eu sei que andam mortinhos por saber as novidades. Então aqui vai.

Leitura

Tenho lido algumas coisas mas há um autor ao qual tenho dado mais atenção esta semana. Fernando Alagoa, é o seu nome. Alagoa é o autor da saga: "Senhores do Universo", a qual recomendo vivamente.

Cultura

Brevemente iniciam as Tertúlias da Gandaia, na Costa de Caparica. Estou desejosa de rever tão nobres e amigos poetas que dela fazem parte.

Literatura

Estarei no próximo sábado na apresentação do livro de poesia: "Calmas Margens", do poeta José Carlos Moutinho. 

Escrita

Todos os dias escrevo alguma coisa. A poesia é Rainha, no entanto escrevo um pouco de tudo por treino e por hábito.

Sardinhas em lata

Este podia ser o cenário de um filme cómico, mas não. Foi mesmo o cenário de um dia de greve do Metropolitano de Lisboa.

Pelas ruas de Lisboa
desfilavam as sardinhas.
Ai que lindas que elas estavam!
Tão apertadinhas, que nem se queixavam.
O espaço era exíguo, não cabia mais nenhuma.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Um imenso mar de possibilidades

Sinto uma enorme satisfação pelo dever cumprido. Revejo os momentos na minha memória como se fosse um filme. Medito naquilo que fiz e naquilo que deixei por fazer e pergunto-me se todo o esforço valeu a pena. Sim! Sei que valeu a pena. Cada passo que damos, deve ser guiado pela busca desta paz interior, desta satisfação pessoal, que nos faz levitar quando pensamos sobre o assunto. Apesar do cansaço físico, quando a nossa mente está sã, tudo corre "sobre rodas". A vida segue o seu rumo como um calmo rio que sabe para onde vai. Depois desagua num imenso mar de possibilidades. As oportunidades aparecem quando menos se espera, por isso temos de estar preparados para recebe-las. Nem sempre são óbvias, por isso devemos estar atentos a todos os sinais que nos indicam o melhor caminho. Hoje sinto-me assim. Calma, feliz e sensível àquilo que a vida me vai oferecendo. 

Convite: "Calmas Margens" de José Carlos Moutinho.


Queridos leitores e amigos da Rainha, no próximo Sábado, dia 27 de Setembro, realizar-se-à uma apresentação do livro de poesia: "Calmas Margens" de José Carlos Moutinho. 

A apresentação será às 16 horas no Hotel Real Palácio, na Rua Tomás Ribeiro, nº 115, em Lisboa.

Lá estarei, se Deus quiser, para apreciar a poesia deste querido Poeta e amigo. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Lisboa, minha Cidade!

Lisboa, minha Cidade!
Fresca manhã,Alfacinha!
Olhos verdes, cidade minha!
Com uma beleza, sem idade!

Lisboa dos barcos sobre o Tejo!
Lisboa dos robustos Monumentos!
Lisboa de nobres sentimentos!
Lisboa é tudo o que vejo!

Lisboa, minha Cidade!
Fresca manhã,Alfacinha!
Olhos verdes, cidade minha!
Com uma beleza, sem idade!

Lisboa dos Teatros e Cabarés!
Lisboa da cultura Fadista!
Lisboa, és linda como és!
Lisboa, não mudes, és Bairrista!

Lisboa, minha Cidade!
Fresca manhã,Alfacinha!
Olhos verdes, cidade minha!
Com uma beleza, sem idade!

Lisboa dos Santos Populares!
Lisboa dos grandes Arraiais!
Lisboa dos imensos paladares!
Lisboa minha, és muito mais!

Lisboa, minha Cidade!
Fresca manhã,Alfacinha!
Olhos verdes, cidade minha!
Com uma beleza, sem idade!

Cidade de Camões e Pessoa!
Cidade de Amália e Saramago!
Esta é a minha querida Lisboa!
A cidade do nosso triste Fado!

Lisboa, minha Cidade!
Fresca manhã,Alfacinha!
Olhos verdes, cidade minha!
Com uma beleza, sem idade!

Lisboa mocinha de xaile
que vedes envelhecer,
esta é a minha cidade
aquela que me viu nascer.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Saber esperar é uma Ciência

Dizem que: quem espera desespera.
Mas quem espera sempre alcança.
Se não fosse a luz da minha esperança
Não veria de novo a Primavera.

Quando finalmente se alcança
a nobre e seguinte estação,
o calor que faz no coração
indica que já chegou o Verão.

A paciência é uma virtude!
Por isso é preciso atitude.
Nem todos nascem assim.
Muitos se distraem, por fim
e não vêem o Outono chegar.

Para ver o Inverno, é preciso amar.
Porque só no amor existe paciência.
Muito mais que uma qualidade,
saber esperar é uma Ciência!

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Chuva - Acróstico

Chovia tanto!!!
Hoje,
Uma enxurrada
Violenta
Acordou Lisboa!

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

domingo, 21 de setembro de 2014

A força das palavras

A força das palavras, dá-me asas.
leva-me para longe.

Viajo por infindáveis mundos
por lugares oriundos
com gente diferente.

Encontro seres complexos
outros simples, outros discretos.
com uma imensa vontade de lutar.

Ainda outros encontro
com uma ternura tamanha
com uma imensa vontade de amar.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Adormeci, mas acordei!

Adormeci profundamente. Talvez por não estar habituada a este ritmo de trabalho há já algum tempo. Duas horas depois, acordei com a sensação de estar em outro lugar. Minha mente vagueava sem rumo certo e eu queria lembrar-me de algo que sabia que era importante mas que pela ausência vespertina não me estava a ser possível encontrar. O relógio marcava as 22 horas em ponto no momento em que decidi pôr os pés no chão para me levantar. O estômago já roncava, tal locomotiva em plena corrida pelos carris. No frigorífico pouco restava que me satisfizesse. Acabei por escolher apenas um copo de leite morno e uma torrada com manteiga só para enganar o pobre estômago e poder voltar para a cama logo em seguida. No entanto, não voltei a adormecer. As ideias surgiam em catadupa sem rumo definido, sem lugar certo onde as guardar. Acabei por me levantar e peguei no meu caderno de sempre pela força do hábito. Durante sensivelmente uma hora escrevi freneticamente naquelas folhas de papel. Escrevi tanto que já nem sentia as mãos quando, por fim, terminei o raciocínio. Depois da realização de outras tarefas menos importantes, voltei para o meu leito a fim de finalmente descansar a memória para o dia seguinte. Não consegui. Acabei por pegar no Portátil e voltei a sentir necessidade de escrever alguma coisa. É por isso que aqui estou a escrever estas palavras. Há algum tempo que as insónias não me perturbavam, mas hoje não pude evitar. Felizmente que eu acalmo quando escrevo. E como já me sinto melhor, vou voltar ao mundo dos sonhos. Amanhã é outro dia.